Por Noah Barkin
BERLIM (Reuters) - As autoridades alemãs estão investigando 40 casos em que militantes islâmicos são suspeitos de terem entrado no país junto com a onda recente de refugiados do Oriente Médio, disse a Polícia Federal da Alemanha nesta quarta-feira.
Isso representa o dobro de casos deste tipo desde janeiro e deve intensificar temores a respeito do nível de ameaça na Alemanha, que não foi vitimada por nenhum atentado de militantes islâmicos do porte daqueles que abalaram as vizinhas França e Bélgica.
Em outras ocasiões o governo alemão minimizou os riscos de combatentes do Estado Islâmico entrarem na Europa com a leva de imigrantes, em parte para evitar aumentar preocupações da população com o fluxo, que alcançou a cifra recorde de 1,1 milhão de pessoas no ano passado.
Mas na semana passada o diretor da agência de inteligência doméstica da Alemanha, Hans-Georg Maassen, disse em coletiva de imprensa que, embora existam meios mais eficientes para infiltrar combatentes, o Estado Islâmico parece ter enviado alguns pela rota dos Bálcãs, partindo da Grécia, para aumentar o medo dos refugiados e "mandar um sinal político".
"Não estou contando um segredo a vocês quando digo que estou preocupado com o alto número de imigrantes cujas identidades não conhecemos porque eles não tinham documentos quando entraram no país", disse Maassen.